EP: Zerolex & Holy Two, ‘Eclipse’

0002766371_10

Zerolex – Eclipse by Ldbk on Mixcloud

Começamos a semana com uma novidade do selo independente, Cascade Records, da França.  Holy Two e Zerolex apresentam  “Eclipse“, um mix colaborativo.

Rap e música eletrônica fazem parte desta mixtape comemorativa, que tem faixas exclusivas, remixes e tracks de Eclipse.

TRACKLIST:
1. Sugar Blues (Cascade) – Zo aka La chauve-souris
2. Autmn (Cascade – Exclusive) – J’Von ft. Blu & Ivan
3. Moon To Mars (Submerse Remix – Cascade) – Amin Payne & Ben Bada Boom
4. Climax (Cascade) – Cotton Claw
5. Rush (Zerolex Remix – Cascade – Exclusive) – Holy Two
6. Coincidences (R&S) – Lone
7. Movin On (Cascade) – Ogiyy
8. Solid (Musique Large) – Claude
9. The Caravan (DRUT Recordings) – 1000 Names
10. Hover ( Zerolex Remix – Cascade – Exclusive) – Holy Two
11. Out Of The Cloud (Cascade – Exclusive) – Julien Mier
12. About Time (Eklektik Records) – Molo
13. Hate Or Wait (Darker Than Wax) – Nikitch
14. Moonbeam (Cascade – Exclusive) – Holy Two & Zerolex

Yara Morais: ‘Guerreiro silencioso: o poeta das ruas’

IMG

#RapBRASILEIRO

“(…) As músicas de Kamau, para mim, se transformaram quase que em um vício. Um vício que me dava ideias e me fazia mergulhar num mundo de pautas e textos que eu tinha que apresentar todos os dias no trabalho. Até que eu descobri que isso não acontecia somente comigo. (…)”

Esse é um trecho da matéria sobre o rapper KAMAU, “Guerreiro silencioso’: o poeta das ruas”, produzida pela jornalista YARA MORAIS e publicada em seu Blog, Rabisco de Vinil.

[+] Leia na íntegra.

Videoclipe: MC Melodee, ‘DiscoDip’

Assista ao videoclipe da música “DiscoDip“, com a MC holandesa MELODEE. O som faz parte do EP “Crunch Time“. O filme, gravado nas cidades de Amsterdan e Valência, tem direção e edição da Film Collins. O som tem produção da Cookin Soul.

30/11: Festival SP RAP

IMG
Mano Brown é uma das atrações do SP RAP.

Ocorre em São Paulo, no dia 30 de novembro, o festival gratuito SP RAP. O festival, que será realizado na Praça das Artes, terá cerca de onze horas de muita cultura e contará com mais de 20 atrações de peso como Mano Brown (foto), Rincon Sapiência, BNegão, Karol Conká e Rashid.

 

SP RAP:
Data: domingo, 30 de novembro de 2014
Horário: a partir das 11h
Onde: Praça das Artes – Avenida São João, 281, Centro (próximo às estações São Bento e Anhangabaú do metrô)
Entrada gratuita

PROGRAMAÇÃO:
Mestre de cerimônia: Max B.O.
11h Hip Hop Kidz e início do grafite do Toddy OPNI
12h Batalha de rimas
12h30 As minas do rap (MC Gra, Odisseia das Flores, Sharylaine, Shirley Casa Verde, Hannah Lima e Carol Uorunatto)
13h50 DJ Cia
14h10 Os manos do rap (RDG, Negredo, Sintonia Lado Sul, Negreta, Thaide, Terra Preta e DBS)
15h30 DJ Cia
15h50 Rincon Sapiência
16h30 DJ Kl Jay
16h50 Flora Matos
17h30 DJ Kl Jay
18h Mano Brown
19h Pathy DeJesus
20h Projeto Nave e convidados: BNegão, Kamau, Rashid, Xis, Lurdez da Luz, Karol Conka e Flavio Renegado

#Contextos: Os mais novos

72207_makro-foto_klyuch_dver_svet_komnata_temnota_2560x1706_(www.GdeFon.ru)

A porta do futuro está aí, uns querem trancá-la, outros estão ansiosos para sentir a luz que está atrás dela

Por: DJ Cortecertu

Observo a fé dos mais novos, aquela gana de saber mais, fazer mais, falar mais, atacar e dar a cara a tapa.

Buscar soluções no YouTube, em fóruns, fan pages de beatmakers, produtores. Soltar músicas para streaming e download que muitos dos mais velhos do rap demorariam meses para lançar de maneira cuidadosa.

Os mais novos são público, são organizadores, produtores, DJs, MCs. Viram as costas para as regras dos “donos do rap”. Os mais novos estão no rap político aprendendo a fazer política, mas estão atuando. Estão no rap alternativo fazendo batidas sujas e coisas que os “entendidos do hip hop” dizem que morreriam nos anos 90.

Os mais novos seguem sem pudor as novas tendências do pop, repetem o mantra: grana, carro, mulher – mulher, carro, grana.

Tenho belas surpresas em cada play que dou. Também tenho decepções. Os mais novos acertam muito, erram demais.

Ahh, meu velho! Falar que no começo do rap no Brasil não era assim é uma bobagem gigantesca. Olhamos para o passado, fazemos o recorte que precisamos para justificar uma era de ouro. Destacamos as qualidades. Os defeitos vão para debaixo do tapete da história.

Sei que a crítica ao atual momento do rap é necessária, fingir que há harmonia não ajuda. Buscar atitude e poesia se faz necessário.

O tempo passa, como há pouco diálogo, todos pensam que é melhor ficar cada um no seu canto. Mas vamos recordar, nos anos 90, em São Paulo, jovens rappers rebeldes – que brigavam com produtores e equipes de baile por mais liberdade – criaram pequenos selos e estúdios caseiros. Viraram o jogo, colheram frutos, suportaram as consequências negativas.

Nos dias atuais, a ideia de dirigismo cultural, esse papo de falar como o rap tem que ser, já não cola nos ouvidos dos mais novos. A nova geração tem suas referências, suas técnicas.

É certo que num futuro próximo, quando algo diferente for criado, principalmente se não for ligado aos membros desta geração, tudo votará ao começo. Os mais novos estarão estabelecidos. Serão artistas mais velhos dividindo suas ações entre tentar entender, correr junto ou barrar novas iniciativas.

A porta do futuro está aí, uns querem trancá-la, outros estão ansiosos para sentir a luz que está atrás dela. Sabemos que o tempo não precisa de ajuda para passar. Quais ideias, princípios e valores ficarão? Quem manterá a fogueira da essência acesa?