Como anunciado, o videoclipe de “Boa Esperança“, dirigido por Kátia Lund e João Wainer, invade as redes sociais com a revolta de empregadas domésticas idealizada por EMICIDA.
“Não queria mergulhar na ficção de um jeito que eu inventasse as histórias. O que a gente queria fazer era juntar um número de senhoras que trabalharam de empregada doméstica durante a vida inteira e elas falassem suas experiências e aquilo ali ia gerar o roteiro, por isso que o roteiro não é creditado a ninguém. É um plano aberto”. E continua. “Todas elas têm um trauma do tempo em que trabalharam de empregada doméstica, Você vê que bagulho louco, as tiazinhas não trampam há 10, 20 anos e ainda têm medo do patrão e de falar que elas não estavam satisfeitas”, comenta o rapper no site Noisey.
O que os sites descolados e a maioria das pessoas não podem esquecer é o teor da letra de Emicida. Sua música fala de luta negra, revolta, esperança, resistência do povo preto. Algo que é preciso destacar, pois muitos celebram o trabalho de um dos MCs mais famosos do país, mas não tocam na questão do racismo brasileiro combatido na obra do artista.
Pioneiro no Brasil, fundado em 1999, o BF tem como foco o original hip hop brasileiro e internacional, com ênfase na cena alternativa.