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Por Fábio Emecê

SLOW DA BF é rap do Rio de Janeiro! Uma afirmação que pode gerar controvérsias, mas quem conhece a pessoa e conhece a história do hip hop do Estado afirma com gosto.

Representante com legítimo da Baixada Fluminense, o integrante do lendário grupo Esquadrão ZN nos cedeu a palavra e nos recheou com uma entrevista contundente, típica daqueles que precisam falar  para refletirmos para onde estamos indo.

Uma entrevista com o registro de que a nossa história precisa ser contada de fato. Roda de rima, nova geração, historiografia e posicionamento são temas abordados de maneira bastante sincera. Sinceridade necessária nos tempos atuais. Fiquem à vontade.

Bocada Forte: Da época do Esquadrão ZN aos dias de hoje, o que lhe chama a atenção de maneira positiva ou negativa?
Slow da BF: Hoje, no estado do Rio de Janeiro (no Brasil, acredito), muitos estão com milhares de visualizações, muitos shows e muitos seguidores. Mortes e coisas nojentas e violentas também têm milhares de views e nem por isso são coisas boas. Funkeiros do estilo ostentação e de putaria pura fazem muitos shows e nem por isso são bons e edificantes.

Resumindo: Cuidado com o que segue e curte, alguns podem achar que são bons e não são. Ter gente curtindo teu trampo hoje não é o único parâmetro pra dizer que você é bom. Seu rap vender, ser curtido e comentado não necessariamente quer dizer que é bom. Claro que a noção de bom e ruim nesse texto aqui é a minha, e nem preciso dizer que não são verdades implícitas nos termos (bom e ruim). Os grupos diminuíram, hoje tem muito mais MC solo, pouco DJ nos shows, temos o distanciamento dos elementos e a falta de atitude consciente e de protesto da maioria dos rappers. As rodas de rima me agradam no conceito, mas me entristecem quando não se colocam como deveriam ser: luta pelo território e afirmação cultural e social.

O avanço do rap de playboy feito por playboy e por favelado é o mais grave. A falta de flow e conteúdo e respeito dessa nova geração está em 90% dos casos. De cada 10 rappers/MCs/grupos de rap novos ou com menos de 10 anos de trabalho no Rap RJ, que lançaram algo nesse ano de 2015, 9 deles tentaram passar uma imagem com suas rimas e ideologias de que são:

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– Pacifista estilo hippie cheios de paz e amor e aforismos ridículos
– Usuários controlados de drogas ilegais espertos  e/ou ratazanas de bueiro
– Rastas (de araque) com pensamentos verdes ligados a Jah
– Puros de alma e cheios de boas intenções
– Conscientes das paradas mais psicológicas e cuidadores da natureza
– Mestres de levada que acham que tem um flow muito novo (risos)
– Românticos destes que cuidam de suas conquistas afetivas (putz)
– Responsáveis e sérios jovens com afeto para os avós, mães e pais
– Sensíveis criaturas que elogiam as mulheres e homens com inovação
– Letristas intelectualizados com colocações sem redundâncias gramaticais
– Pregadores da união do rap (desunindo)
– Aprendizes obedientes dos MCs e conhecedores dos fundamentos.

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E na verdade, na minha avaliação de 9 novos “MCS”, todos são
– Belicosos e beligerantes sem causa ou por causas tortas
– Viciados em drogas de todo tipo.
– Pobres de espírito e Desunidos
– Apológicos das paradas mais deprimentes da sociedade
– Podres de alma – Desumanos – Ingratos e Egoístas
– Inconscientes de seu papel na cultura
– MCs medianos ou péssimos com levadas infantilizadas
– Zero de conteúdo poético aplicáveis num contexto estruturado.
– Desorientados afetivamente por escolha
– Indecorosos , idiotas machistas (meninos)
– Desagregadores de valores familiares
– Insensíveis pessoas que defecam e andam pra sua família
– Letristas de merda com textos tacanhos e ideologias falsas e cretinas
– Desrespeitadores dos mais velhos
– Destruidores dos alicerces que fizeram ser o que “acham” que são (rappers)

E nessa lista se incluem muitos:
– Beatmakers e produtores de raps safados e Egoístas
– Organizadores e Produtores de rodas e eventos fechados
– Backing vocals e segundas vozes “cantores” (putz)
Ainda bem que tem uma minoria bem pequenina que não entra nessa lista.

Bocada Forte: Falando em conteúdo, em um país de números gritantes de analfabetos funcionais, os anos 90 exigiu uma maior capacidade do mcs em querer suprir essa lacuna, né? Como você entende isso e por que essa geração atual não se preocupa com isso?
Slow da BF:  A internet pode ser o fiel da balança, mas é só um achismo meu. Acho que independente da época, a vontade e esforço de ser um MC deveria ser uma coisa séria. Parece que quando o panorama muda a massa que faz rap muda. Hoje me parece muito mais simples ser um rapper. A tecnologia pode evoluir fases e pode criar monstros sem massa cinzenta ou sentimento de militância.

Eu, por exemplo, sou a favor da discussão sobre a legalização da eutanásia e dos Artigos 122 e 123 do anteprojeto do Código Penal (PSL 236/2012). Sou a favor de debater a legalização do aborto e do Artigo 128 do citado anteprojeto. Sou favorável à criminalização da homofobia. Sou favorável à adoção por parceiros homoafetivos. Sou favorável à invasão de propriedades urbanas e rurais e discutir o parágrafo 7 do artigo 239 da PSL 236. Sou a favor do debate sobre a Policia Militar, sua força e alcance. Sou favorável ao Hip Hop Original e não somente ao elemento A ou B.


Só pra não esquecer o que disse um cara aqui do RJ, sobre os “rappers” que escrevem sobre droga, mulher gostosa,  festinha e sobre “reconhecimento e respeito:

“Eu não tenho que reconhecer nada, continuo sim com minha opinião e não vim aqui pra impor ela, só fico impressionado como os caras se doem se alguém não gosta. Eu acho horrível, eu tenho direito de achar horrível o que mil um bilhão acham bom.”

Eu acho que não, eu não concordo, eu acho prostituição da arte, eu acho que não constrói nada, acho que só destrói a juventude, eu acho que só incentiva o consumismo e o machismo e até a falta de reflexão social, eu acho que o rap é um movimento de resistência e consciência negra sim, eu acho que o rap é a voz do oprimido. Que se explodam todas as mansões do RJ e seus pseudo movimentos burgueses culturais. Os malucos e malucas só escrevem droga, droga, droga, mulher gostosa, dinheiro, dinheiro, dinheiro e eu tenho que respeitar isso ? Eu não tenho que respeitar nada, isso não é rap, nunca vai ser isso, é desgostoso, isso é oportunidade de fazer dinheiro fácil em cima da playboyzada que passa o dia inteiro fumando maconha e acha que a vida é “maionese”!

Bocada Forte: Então, você comentou sobre as rodas de rima, qual é sua crítica pontual sobre elas?

Slow da BF: Tem uma parte enorme de frequentadores que vai pra roda pra ser visto fumando ou bebendo. As rodas não podem servir como vitrine para drogas, principalmente (ainda) as ilegais. Praças e ruas com crianças e idosos não são lugares para isso. O hip hop não é isso. E quando a organização da roda legitima e/ou não coíbe essa pratica, eu fico muito triste.

Já tem um tempo que venho observando o comportamento de uma molecada na minha área que se diz “rap”. Teve um que disse que um grande nome do rap viria na Baixada Fluminense pela primeira vez, e era ele que estava trazendo. Eu listei alguns eventos que esse cara já tinha vindo à BF pra fazer show. Meus manos,  MCs mais velhos mesmo,  já trouxeram o cara em eventos maneiros.

Bom, em 2003 o menor deveria ter uns 8 anos. Quando o menor deu o braço a torcer ele mudou o argumento. Disse que era a primeira vez, em “São João de Mentirinha”. Aí eu disse que eu mesmo trouxe o MC citado em um evento meu, mas o menor não acreditou e ficou achando que eu estava inventando, mesmo com mais de 200 testemunhas vivas do evento (risos). Outro menor se doeu porque eu respondi outro mano que me perguntou sobre o evento que eu presenciei. Eu disse que o som estava muito ruim e todos lá constataram isso, mas a raiva tomou conta de outros me acusando de falar mal do movimento, quando na verdade só falei que não podia responder o que achei das rimas de uns MCs, pois não as entendi em virtude do som ser ruim demais.

Outros menores se doeram muito porque eu disse que não apoiava quem chega fumando baseado e outras drogas ilícitas em evento cheio de criança e pessoas idosas (baseado chama polícia e polícia acaba com o evento das pessoas que se esforçam pra fazer eventos em lugares não “legalizados”).  
Os menores surtaram e até me ameaçaram (risos).

Outros menores que gostam de batalhar repetem a mesma frase 18 vezes numa final de 3 MCs,  e ficam p… da vida porque falei que a batalha desse jeito não foi do nível de outras que eu vi. Ainda me comparou dizendo que eu também repetia. Tipo desse jeito que to falando aqui. Quase tive um ataque cardíaco de rir. Fico só observando. Eu que deveria parar de falar coisas assim ou a menózada (menor de 18 e maiores, mas com mentalidade de bobão) deveriam:

Pesquisar / Perguntar / Ouvir os mais velhos / Respeitar – Se fizer um evento, tem que  tentar conseguir um som que dê pra ser considerado um som . Não fumar baseado e usar outras drogas ilícitas nos eventos cheios de crianças e mais velhos . Rimar melhor pra batalhar. Não repetir as rimas. Estudar, ler e ampliar o vocabulário. Ouvir conselhos e aceitar críticas. 

Tem uns grupos de rap aqui do RJ,  principalmente,  formado por uns pseudos playboys que parecem uns idiotas melancólicos! Bases lentas. Flows tristes. Ficam flipando no beat lento sempre do mesmo jeito. Letras sem emoção genuína, pois tentam te passar emoção porcamente. Pior, tentam cantar e criar melodias e harmonias desafinadas e fraquinhas.  Tudo que querem é emplacar um som, imitando uns ou falando exatamente o que outros descerebrados querem ouvir!

Bocada forte: Ainda nessa leva, mas ampliando. Você acha que falta um registro histórico decente das gerações do movimento Hip Hop, valorização de artistas que marcaram época, essas coisas?

Slow da BF: Não acho que valorização é feita assim ou assado. Quando não se tem respeito (e isso vem de casa,  da rua, da vida) não adianta somente registros ou histórias. É uma questão mais ampla uma questão geracional. Sempre falo desse exemplo em palestras: Deveríamos não ter muros pra esconder nossas vidas, ou para nos proteger, ou para que não sejamos vistos, ou para que não nos roubem, ou para que não tenhamos vergonhas de nós, ou para nos limitar, ou para estabelecer limites ou para separarmos.

Deveríamos não ter muros. Quando faço um grafite no muro o que menos me importa é se ele está bonito ou se está de acordo com os padrões estabelecidos sabe se lá por quem há quanto tempo. Quando faço um grafite no muro, além da questão estética ou social, eu quebro esta funcionalidade estranha que falo lá em cima. Quebrar a funcionalidade do muro é a minha razão maior pra grafitar. O muro passa a ser outra coisa. No hip hop em geral deveria ser assim: Importante é o registro, a homenagem e o respeito. Mas uns vão entender, outros não. E outros não se importam. Normal.

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Bocada Forte: Você tem essa preocupação com a história. Os posts do seu Face são verdadeiros fascículos do rap brasileiro e eu acho bem legal, por sinal. Essa preocupação partiu de quê?

Slow da BF:  Partiu do respeito. Da educação que tive. Existiram outros antes de mim. Tenho que respeitar. Hoje eu escuto coisas tipo. Olha esse som do Tim Maia, ele sampleou os racionais. Aí eu digo: Você sabia que o Tim morreu? E escuto: NÃO SABIA.

Tem muito ego hoje. MCs fazendo rap ruim com ideias idiotas. Se achando o top. E não é só essa geração mais nova não, no rap do Rio de Janeiro, ontem, 10 anos atrás e ainda hoje, cansei de ouvir de outros MCs com mais de 30 anos de idade as frase: “o rap de fulano de tal e sicrano pode ser bom, mas não entendo”,  “são muitas palavras” “é muito rápido” e ou “muita informação”. Antes eu achava normal.

E quase culpava os “diferentes”. Hoje eu já penso na falta de capacidade pra fazer mais de um flow. Hoje penso na falta de cultura e ou procura de conhecimento desses que tanto falam mal do diferente. Hoje penso que a culpa da não assimilação dos códigos fraseados e linguísticos de uma geração, não é culpa da geração e sim de quem não tem a altura cultural e intelectual pra acompanhar. Se algum rapper não entende um rap ou critica algum rap por não entender, o melhor seria tentar entender ou como muitos parar de ouvir e se possível parar de rimar. Claro que tinha e tem aqueles rappers que não falam nada com nada e só rimam vela com sela, cadela com canela, mas até esses são parte total e íntegra do rap. Rap não é uma definição e sim várias, e sempre uma dúvida!

Sempre que alguma pessoa do rap fala que o rap é básicamente uma luta contra o sistema, fico pensando na goleada que muitos do rap sofreram, pois o sistema tá ganhando desde a década de 90, aqui no rio, da esmagadora maioria. Muitos pararam de cantar rap sem mudar nada! Falaram mal, gritaram, falaram do doze, do fuzil, de como não ser comédia, de como ser malandro, de como fumar, de como militar. De como ter respeito. Falaram de tudo. Falaram mais mal das pessoas do que de suas qualidades.

Bocadd Forte: Partindo da sua resposta. Explica o que foi Esquadrão ZN, a importância pra cena do rap do Rio e, por que não,  do Rap Brasileiro.

Slow da BF: Muitos dizem que somos os melhores do Brasil. Milhares falam isso. Posso dizer que fizemos muitas coisas, mas não acho isso! Fizemos turnês pelo sul e sudeste quando quase ninguém fazia, MG. PR. SP. INTERIOR. Até pelo interior da Baixada Fluminense. Fazíamos um rap que era considerado diferente. Diziam que éramos do futuro. Chamam de Wu Tang brasileiro. Eu só agradeço pelas comparações. Não acredito muito. Tentamos integrar skate e hip hop.

Éramos o lado B. Éramos da UBC. (União Bate Cabeça). Talvez um dos primeiros grupos de Rap do Estado do Rio de Janeiro a gravar um CD em um grande estúdio,  a fazer entrevistas para mídia (jornais, revistas), a fazer turnê pelo Brasil, se apresentar na TV aberta, a fazer mais de 20 shows em um mês, a vender mais de 200.000 cópias (Revista Trip – CD Hip Hop Rio – Revista Planet Hip Hop e CD próprio Epidemia, antes da Internet). Entramos pela primeira vez na revista Planeta Hip Hop Número 2 com uma faixa, os únicos do RJ. Vendeu nas bancas. Sem internet.


Fizemos outra faixa na revista Trip, com cópias até em Portugal. Fizemos outra faixa no CD hip hop rio. Tudo sem equipe, sem robozinho de internet, sem YouTube. 
Fomos à tevê aberta, tevê a cabo, rádios. Fazíamos 20 shows por mês. No primeiro Hutuz, concorremos à fita demo, perdemos pro grupo Juízo Crítico, grupo de rap do RJ. No segundo, entramos como revelação (tínhamos poucos anos de grupo), perdemos pro Rappin Hood (décadas de história).

Lançamos shape de skate. Saíamos em revistas. E fizemos um CD físico o Epidemia e um virtual o Patrimônio.

Bocada Forte: E o Slow da BF? Você roda pelo Brasil se apresentado. O circuito que você percorre é mais por uma conquista pessoal ou existe um circuito invisível estabelecido?

Slow da BF:  Sou da Baixada Fluminense. RJ. Sou do rap. Mas sou do Hip Hop! Tenho 41 anos. Mais da metade fazendo rap. Mais da metade sendo hip hop. Muitos dizem que eu represento a BF. Levaram anos para dizerem isso. Levei anos pra pensar em achar isso. Por ser da BF e do rap, eu posso ousar dizer que fiz, faço e farei muito pela BF (Baixada Fluminense) e pelo rap.

Existem no rap e na BF MCs que querem ter o que tenho sem passar o que passei. Sem fazer o que eu fiz. Sem ser nem de perto um MC como eu sou. Existem MCs no rap e na BF que dizem muito mais do que fazem. Não me representam. E nem adianta apelar pro chavão “É o rap!!!” (leio e escuto muito isso).

Só ser do rap, só ser da BF, não te dá respeito. Respeito se conquista. E isso não tem nada com idade ou tempo de caminhada. Quando você tenta ser o que você não é, você automaticamente desrespeita quem é. Quando você FOR, vão te dizer isso. Não por autoproclamação. Em 2013, o Blog do Besouro Anêmico (labirinto sem limite) lançou 30 Raps que eu participo. Em Outubro de 2014, a saga continuou com o lançamento de mais 30 trampos diferentes. Juntando as duas coletâneas, temos mais de 60 Raps, entre freestyles, participações, trampos solo e etc. Em 2015 tem mais 30.

Movimento-me. Ajudo os MCs , grafiteiros, DJs, B.boys. Ensino e aprendo com o hip hop e fora do hip hop

Faço parte de vários coletivos e ações, por exemplo:
– Companhia Brasileira de Cinema Barato (Marcelo Yuka)
– Coletivo de Cinema Mate com Angu
– Cinema de Guerrilha da Baixada
– Movimento Flash Back e Baú do vinil
– Liga Urbana de Basquete
– The Mentes Coletivo Spray
– Da Bf Hip Hop e B3H2 Break
– Universal Zulu Nation desde 2009
– Membro dos Enraizados Hip Hop
– Cinema para todos (Supervisor Sênior)

ssddsfBocada Forte: Falta um circuito mais organizado e estruturado?
Slow da BF:  Falta. Falta um maior diálogo daqueles que se preocupam com o conteúdo no rap. Muitos promotores só querem ganhar dinheiro com o Rap e sempre os grupos ou Solos que dão dinheiro são chamados e ficam nesses mesmos grupos e solos até que apareça um novo MC ou novos. Pra essa gente que organiza e produz eventos de Rap, não interessa o conteúdo.

E além disso, uma parte dos que tem conteúdo não passam. Outros tentam. Uma parte dos mais novos querem absorver. Outra parte não. Sem respeito, logo sem dialogo. É assim.

Bocada Forte: O Hip Hop ainda transforma vidas?
Slow da BF: Sim. Pergunte ao meus alunos e ex-alunos. Por exemplo: Tem umas pessoas no próprio rap e na própria BF que acham que porque são do Rap e da BF podem fazer e falar qualquer parada sem serem cobrados pelas pessoas do rap e da BF. Falar até podem, mas tem que aguentar o retorno de Jedi. Vou dar um papo, se não tá fechado com quem faz Rap de Verdade na BF, alguma coisa tá rolando. Pode ser por esquecimento. Por timidez ou por falta de convívio. Mas uma parte eu tô ligado porque fica longe. E não vem de papo de marachuá pra cima de mim não. O bagulho é louco.

Não fecho com pela saco novinho ou velhinho. Nem com garotinha ou ratona que quer defecar regra. Um bom sinal pra saber da sua caminhada é ver com quem você anda. Repara só com quem eu ando. Repara só quem não fecha comigo. A diferença é gritante e a minha conduta fala por mim. 
Posso errar, mas tem muita história, muito sofrimento e muito acerto na caminhada. Quem me conhece,  sabe.

Bocada Forte: Se eu pedir pra dizer algo pra uma reflexão do movimento Hip Hop brasileiro, o que diria?
Slow da BF: Fico muito agradecido de ter dividido o mesmo palco com grandes nomes do HIP HOP brazuca como: Sabotage, Racionais MCs, RZO, Facção Central, RPW, SNJ, MV Bill, MArcelo D2, Gabriel o Pensador, Xis, Eliefi, DMN, Thaide e DJ Hum, MC JAck, Doctors MCs, Zé Brown (Faces do Subúrbio), Rapadura, Nino Brown, DF Zulu, Nelson Triunfo e muitos outros. Hip Hop Fica. A moda passa! Estude. Evolua. Mais Amor. É isso.

Publicado por Portal Bocada Forte

Pioneiro no Brasil, fundado em 1999, o BF tem como foco o original hip hop brasileiro e internacional, com ênfase na cena alternativa.

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