Nascido em Ceilândia sua cidade natal, JAPÃO é MC, ativista e idealizador do grupo VIELA 17, e carrega o rap brasileiro como bandeira a 26 anos. O grupo surgiu em 2000, mas sua carreira se iniciou em 1989 no grupo Esquadrão MCs, em seguida integrou o grupo de GOG (1993 à 2000) com quem lançou 4 discos, videoclipes, apresentou-se em grandes shows  e consolidou sua carreira definitivamente no cenário Rap. À frente do Viela 17, 4 discos oficiais e um EP foram lançados, além de gravações e participações nos mais variados estilos musicais. Participou também de documentários, destacando “Rap, O Canto Da Ceilândia” realizado pelo cineasta Ceilandense, Adirley Queiroz foi premiado no Festival de Cinema de Brasília. Em 2014, lançou seu 4º CD, intitulado “20 de 40”, produzido e conceituado durante 4 anos como parte das comemorações de 20 anos de carreira. O nome “Viela 17” seria o título do primeiro disco, mas acabou sendo adotado como nome do grupo por seu idealizador. O nome se refere a quadra onde o rapper se localiza, além de ser considerado seu número de sorte. Em 2015 apresenta seu mais recente trabalho, o projeto “Ceilândia G-Funk“, uma mistura de ritmos, elementos do rap e samplers originais, resgatando músicas autorais já lançadas em sua discografia. Versões ineditas são apresentadas, além de figurino de época, cenário, dançarino, DJ e banda. O Prêmio Profissionais da Música marcou o início deste projeto e garantiu ao MC o prêmio de melhor intérprete na categoria hip hop. Como principal trabalho social, o projeto “Rap com Ciência“, realizado em quinze escolas, envolveu 77 crianças escolhidas dentre mais de 570 alunos, resultando em 10.000 cópias distribuídas gratuitamente. Esteve presente também no “Rap Hour” nas escolas, “Hip-Hop Contra o Crack”, e no sistema socioeducativo idealizou o projeto “Roda de Rap”. Membro fundador da ONG Grupo Atitude, coordenou o projeto “Hip-Hop Hora H”, realizando trabalho com homossexuais de diferentes classes sociais com o conceito de acessibilidade a preservativos como forma de fortalecimento institucional. Ainda para este ano, estão nos planos de Japão o lançamento de um DVD, em comemoração aos 20 anos de carreira, e uma nova produção, o videoclipe “Só curto o que é boom“, em comemoração aos 10 anos de lançamento.

Bocada Forte: Muita gente tem dúvidas. São tantos nomes e atividades… Quem é quem? O que é o que em seu trabalho. Pode nos esclarecer?

Japão: Iniciei minha carreira em 1989 no rap brasileiro. Buscando minha liberdade musical lancei o grupo Viela 17 no ano 2000, após minha saída do grupo de GOG (1993 à 2000). Em sua primeira formação contou com Mano Mix e Dino Black meus parceiros no grupo GOG. Em 15 anos de estrada muitas formações e participações aconteceram, não vou citar para não me esquecer de ninguém e ser injusto… Mas costumamos dizer que o VIELA 17 é uma escola/passagem onde seus integrantes passam para alçarem o próprio voo. O Viela 17 segue com minha liderança, sou responsável por todos os planejamentos de curto, médio e longo prazo. Idealizador e realizador dos degraus galgados pelo grupo, responsável por decidir as participações em discos, músicos contratados, MC’s de apoio, enfim todas as decisões passam por mim. Podemos assim concluir que, hoje trabalho com os seguintes formatos e projetos musicais: RAPPER JAPÃO (SOLO) – formato DJ + Rapper ou ainda, como palestrante GRUPO VIELA 17 – formato completo com DJ + Rapper Japão + MC de apoio + Backing vocal RAPPER JAPÃO (VIELA 17) APRESENTA: CEILÂNDIA G-FUNK – o mais novo projeto musical que lancei, que abarca DJ + Banda + Backing vocal + Dançarino + Figurino de época + Cenário. Uma mistura de rap, soul e funk. Musical esse inovador, único e nunca visto no Brasil. Cada trabalho é distinto em sua formação mas todos idealizados, encabeçados e liderados por mim.

Bocada Forte: Por qual motivo você deixou o GOG? Foi a necessidade de um trabalho solo?

Japão: Trabalhei com o GOG por indicação do DJ Raffa, ele me apresentou o Genival e juntos formamos uma parceria inesquecível, fizemos em oito anos uma parceria para a revolução musical do rap brasileiro, tratamos de diversos assuntos ligados à política, convívio urbano, a conscientização de jovens e vários assuntos bacanas. Em 2000 resolvi sair em comum acordo com todos os integrantes para montar um grupo na qual eu me voltasse a realidade de minha comunidade, foi aí que surgiu o viela17, um projeto bairrista e atento aos problemas de Ceilândia onde resido e eu estava ciente que minha parcela de ajuda faria um bem pra comunidade. Se houve brigas? Sim teve. Imagina oito anos de convívio diário sem discussão… Não existe, concorda? Divergências são o ponto crucial para o entendimento e bons acordos, o GOG é um cara especial, inteligente e sabe onde quer chegar, eu sou hiperativo e gosto de tudo para ontem, tínhamos conflitos sim, mas tudo era discutido e esclarecido antes de qualquer decisão, digo sempre que estar com o GOG, Manomix e Dino Black foi uma escola na qual estudei, reprovei algumas vezes, fui aprovado com notas altas e resolvi fazer faculdade na minha especialização que é justamente sobre minha comunidade. Quando o trabalho é bem feito os efeitos perduram para sempre, até hoje sou conhecido Brasil afora pelo trabalho de base que fiz junto a esses caras, sou grato a cada um deles, a cada momento que passamos juntos e a cada experiência vivida, hoje sinto-me realizado e feliz com meu trabalho e a experiência vivida com eles foram essenciais para um bom trabalho que faço por aqui, tentamos em 2013 uma turnê com todos os envolvidos, fizemos uma apresentação mas não rolou até agora uma concretização, pois todos nós temos trabalhos e compromissos pessoais, mas quem sabe um dia ouviremos geral cantando, “Eram 3 pretos de favela nessa P… Agora 4, se liga malandro no som pesado…”

Capa3Bocada Forte: Sabemos que a música rap no DF tem uma escola diferente. Na sua opinião, que características diferenciam o rap produzido no DF do rap produzido no restante do país?

Japão: Em Brasília desde o princípio tivemos nossas raízes voltada aos samplers, pesquisas e bases produzidas especialmente para cada letra devido ao número de DJs atuante. Vários DJs dos anos 80 viraram produtores musicais em especial de rap, e ai juntamos a experiência e conhecimento desses DJs para trabalhar à frente de nossos sons. Brasilia se diferencia pelo estilo pesado, voltado a Los Angeles. Nos anos 80 curtíamos muito Miami Bass mas nossas reais referências foram a soma dos Kits (Bumbo, Caixa, Chimbal) com sampler dos anos 70/80, até o ano de 1999 a maioria das musicas eram feitas em estúdio analógicos e caríssimos, com isso as pesquisas e certezas do que queria ser usado tinha que ser pensado bem antes. Viajando pelo Brasil, temos uma parcela gigantesca de produtores e Beat Makers, a grande maioria se especializaram aprendendo sozinho, ou até mesmo acompanhando outros produtores em estúdio o que acaba de certa forma perdendo em qualidade musical de produção. Aqui em Brasília temos DJs que, juntaram essa bagagem musical e se dedicaram a produção musical trazendo um som diferenciado, temos produtores que estudaram engenharia musical, trazendo técnica e qualidade, além de uma cara para o rap brasiliense. Lutamos sempre para ter um rap diferenciado e de qualidade, essa busca teve tanto reconhecimento que houve teve tempo por exemplo de você chegar em São Paulo, sintonizar uma rádio e de dez musicas tocadas 9 eram produzidas aqui, inclusive de grupos paulistas, como foi o caso do produtor DJ Raffa Santoro que produziu Consciência Humana, De Menos Crime, Comando DMC, entre outros.

Capa1Bocada Forte: Em todos os trabalhos do Viela, percebemos que cada vez mais é enfatizado a sua quebrada, ‘Ceilândia’, seja musicalmente ou esteticamente.Você acha que no rap hoje falta esse amor as quebradas e raízes?

Japão: Na verdade eu acho que a maioria dos Rappers e MCs lutam por reconhecimento nacional e nem mesmo conquistaram sua comunidade ou vizinhança, a luta deve ter raiz e essa raiz só se encontra em seu ponto inicial, levo a Ceilândia em música, amor e relação como morador, muitas vezes sou taxado de bairrista e não esquento com isso, acredito que o que acontece na minha quebrada, acontece em várias comunidades, favelas, becos e vielas desse país, mas necessito entender o que se passa ao meu redor e tentar daqui mesmo, aliviar o sofrimento de um povo que mal se conhece, poucas vezes tiveram contato, mas compartilham do mesmo pensamento e dor.

Capa0Bocada Forte: Você já realizou diversos trabalhos com escolas, projetos como o ‘Rap com Ciência’, palestras, etc. Como é esse trabalho? O que isso traz de bom a pessoa Marcos Vinicios?

Japão: Estou no rap brasileiro há 26 anos e posso te garantir, o trabalho social é uma das minhas melhores realizações. Foi através desses projetos que aprendi a respeitar as pessoas em suas crenças, gêneros, aprendi a lutar e reconhecer os furos que o sistema político e sujo desse país deixa por onde passa. Realizei, idealizei e participei de alguns projetos que mudaram a realidade de comunidades, pessoas e me deixaram com a sensação de dever cumprido. No rap eu me sinto um soldado diante a um exército gigantesco mas em projetos sociais me sinto protagonista de uma história real em que acredito que mudará com esforços e muita luta. Já trabalhei com jovens em escolas no quesito sexualidade e gênero, fui dirigente de algumas ONGs, fiz trabalho sobre esporte à frente da CUFA/DF na qual presidi por algum tempo. Trabalhei com homossexuais em São Paulo, levando noções básicas de respeito adquiridos pelo entendimento da cultura hip hop. Trabalhei no Rio de Janeiro ajudando a criar, divulgar e garantir acesso ao uso de preservativo num sistema de marketing social e fortalecimento institucional de um produto social criado por um coletivo de jovens do DF, RJ, PE e SP. Trabalhei em escolas com crianças em ensino fundamental inicial gravando um CD sobre a importância do estudo de ciências e gravei um CD em uma unidade prisional infanto-juvenil que ainda lançarei. Me sinto feliz e útil quando uma transformação coletiva parte inicialmente de meus projetos. Tenho uma ONG chamada Função Comunidade que é um instituição ceilandense e que pretendo dar continuidade aos trabalhos em breve.

Capa5Bocada Forte: Falta um maior compromisso social da parte da nova geração de MCS?

Japão: O rap em si já é uma contribuição social quando falamos em liberdade de expressão, mas quando nos referimos em temas como: atenção a comunidades, favelas, pessoas e interesse público, notamos que falta muito para chegarmos a perfeição. Os novos MCs tem em suas ideias a vontade de crescer musicalmente de forma acelerada, o que acaba por vezes atrasando uma possível afirmação como verdadeiro ativista. Hoje, com esse avanço tecnológico, a digitalização, a rapidez das informações, trouxeram a ansiedade, fazendo com que os jovens não esperem por mais nada, muitas vezes vejo ações sociais serem feitas de forma desorganizada, sem planejamento, o que acaba não chegando a lugar nenhum, sem desdobramentos sociais alcançáveis, mas existem uma parcela de novos MCs que realmente entraram no jogo pra fazer a diferença, sou otimista com esse jovens mas sou realista e sei que existem muitos que não passarão da primeira fase.

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Bocada Forte: Entre vários produtores de renome que já trabalharam e trabalham com o Viela, como é o convívio com Ariel Haller e o DJ Raffa?

Japão: Através do DJ Raffa Santoro conheci e me aproximei de várias pessoas ligadas diretamente ou indiretamente a cultura hip hop, temos uma relação amigável e próxima. Foi ele que me julgou em um concurso de rap em 1989 na Ceilândia e me deu o primeiro lugar. Me colocou para participar de uma música do grupo paulistano Produto da Rua quando eu pertencia a um grupo chamado Esquadrão MCs e também me apresentou e me indicou a trabalhar com o GOG. Desde 1989 não nos distanciamos mais. Em 2005 eu já tinha lançado o primeiro CD do Viela 17 (“O Jogo”) e fui morar em São Paulo pela segunda vez e resolvi desistir de cantar. Até que um dia me deparo com o Raffa na frente da casa onde eu morava na zona leste com seus equipamentos gritando: “Você não vai parar mesmo!” e começamos no mesmo dia a produzir o segundo CD (O alheio chora seu dono) e logo em seguida voltei para o DF para finalizar, de todos os meus trabalhos somente o disco Prepare-se (GOG) e o CD do Viela17 (Lá no morro) que não foram produzido pelo Raffa todos os outros sim, somos meio que carne e unha, criador e a criatura, mestre e seguidor, tipo caso de amor musical. O Ariel eu conheci no início dos anos 1990, mas já acompanhava sua trajetória como DJ a alguns anos atrás, musico talentoso e um grande produtor, ele juntamente ao DJ Ninomix e Raffa formavam a melhor equipe de produção musical de rap nacional já existente no país conhecida como Planet Produções, produziram juntos álbuns inesquecíveis ao rap no auge dos anos 90 (“Dia a Dia da Periferia – GOG”, “Enxergue os seus próprios Erros – Consciência Humana”; entre outros). Voltei a revê-lo e trabalhar juntos em 2007 e fizemos dois excelentes álbuns de rap como o “Rap Com Ciência” (projeto social que idealizei e lançamos um CD falando da matéria de ciências com muito rap, teve uma tiragem de 10 mil cópias em distribuição gratuita) e produziu e concluiu o álbum Lá no Morro (3º álbum do Viela 17) em parceria com vários produtores Duck Jay, Dj Saci, Beto Batata, o Ariel tem o meu respeito e carinho, me ajudou em um momento musical agravado por uma crise mundial e transição digital me proporcionando um excelente trabalho.

Capa2Bocada Forte: Não se limitando ao estilo rap, você já fez participações em outros gêneros, como o rock, o samba o reggae e o soul. Você acha que hoje os ritmos são convergentes? Existe alguma dificuldade em adaptar a sua forma de expor a outras musicalidades?

Japão: Sou um cara que levo o nome do rap onde estiver. Existe várias vertentes musicais oriundas de favelas e comunidades, sou bem eclético quanto a isso, mas me preocupo em fazer minha parte no meu estilo. Sou convidado várias vezes para participar de musicas de outros estilos, sempre ouço, analiso antes de fazer a participação. Não que eu tenha discriminação ou não pretendo fazer e fico com “joguinho” de atencioso. Hoje existe uma parcela de críticos no hip hop que ao invés de trabalharem ficam destilando veneno ou tentando de uma certa forma controlar o fluxo de musicas e postura de alguns artistas. Não me preocupo com esses tipos de ações, faço minha parte e acredito na música sem amarras, do mesmo jeito que não peço opiniões pra expressar minha arte. Não me preocupo com críticas infundadas que não acrescentam nada. O funk, reggae, rock são musicas expressivas e tem suas mensagens bem difundidas nas comunidades. Se eu acho que o conteúdo faz parte de uma certa forma a realidade de pessoas que são meu foco, participo sem problema algum.

Bocada Forte: Como surgiu a ideia de trabalhar com banda e por que escolheu o estilo g-funk? Tem algo a ver com suas origens no hip hop?

Japão: Eu já trabalhei com bandas algumas vezes. Curto muito um som digitalizado, mas ao criar esse musical com o suporte de uma banda você acaba humanizando a música. É uma mistura da criação e criatura. Uso no musical Ceilândia G-Funk um time de primeira: DJ Alan Def (Bi-campeão do DJ Scratch), Marcelo Pahl (Baterista – InNatura, Nova Raiz), Bruno Xavier (Baixista – Nova Raiz, 2dub, InNatura), Thiago Jamelão (Guitarrista/Cantor – Ataque Beliz, Viela17), Will DFZulu (Bi campeão de Break na Europa), Erani Morais (Cantora), Chris Soul (Cantora – Viela17, Solista), Marvyn (Cantor) e Bru Marques (Cantora). No show mesclo sampler original das músicas, tudo acompanhado e tirado pela banda. No repertório são executadas musicas do Viela no estilo g-funk (gangsta funk), linha essa que gosto e tenho como minha raiz para compor rap.

Bocada Forte: Quais os motivos para criar um blog? Atualmente é preciso ir além do formato do rap para expandir o alcance de suas ideias?

Japão: Sou um cara que não consigo controlar as ideias que surgem na minha cabeça. Tenho (TDHA – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) acelerado de nascença. Minhas ideias eram sempre colocadas de forma desorganizada em algumas redes sociais, como Facebook, Instagram. Quando minha esposa, que cuida da minha carreira, me sugeriu que eu criasse um blog oficializando um canal para que eu pudesse expressar minhas ideias nos horário que eu bem entendesse e de forma mais organizada, surgiu o blog intitulado Ceilandiafundaobrasil.

Bocada Forte: Quais são os projetos de 2015?

Japão: Nesse momento estou concretizando um sonho que era fazer um musical chamado Ceilândia G-Funk, na qual revelo samplers usados para fazer minha musicas e canto elas na sequência. Todo o estilo, desde o musical ao figurino, são voltados ao soul, black music das décadas passadas. Tudo isso harmonizadas com DJ e uma banda (baixo, bateria, guitarra), uma trinca de backing vocal de primeira grandeza, dançarinos… É um visual incrível. Já fizemos dois shows e em breve teremos novidades para rodar o país. Gravarei também o DVD “Japão – 20 anos de Rap Nacional”, previsto para junho/julho. Estou também em estúdio preparando um CD. Inicialmente era um projeto solo voltado às minhas raízes gangsta funk, mas repensando friamente, faremos esse trabalho ligado ao musical Ceilândia GFunk. Pretendo também tocar meus projetos sociais na comunidade com a minha ONG Função Comunidade. Temos projetos de aulas de inglês para crianças, sarau comunitário, aulas de reforço, um provável CD de rap cantados pela terceira idade (projeto que pretendo chamar de “Bonde dos 60”. O trabalho será cantado especialmente por senhores e senhoras acima de 60 anos, que irão relatar a gratidão de viver em meio às dificuldades, o caminho percorrido e o dever de missão cumprida). Reafirmar ainda mais a marca Viela17Shop pelo Brasil também é uma das metas. O ano promete.

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Colaboração: DJ Cortecertu, Noise D e Daniela Mara.

Publicado por Bruno Gil

Filho do Sr. Ceará, Dna. Graça e pai da Júlia. Nascido e criado na Zona Leste de São Paulo residindo atualmente na cidade de Jacareí. Multimídia do Portal Bocada Forte.

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